Ser poeta



Trovante, Perdidamente, 1999


Ser poeta é ser mais alto, é ser maior
Do que os homens! Morder como quem beija!
É ser mendigo e dar como quem seja
Rei do Reino de Aquém e de Além Dor!

É ter de mil desejos o esplendor
E não saber sequer que se deseja!
É ter cá dentro um astro que flameja,
É ter garras e asas de condor!

É ter fome, é ter sede de Infinito!
Por elmo, as manhãs de oiro e de cetim...
É condensar o mundo num só grito!

E é amar-te, assim, perdidamente...
É seres alma, e sangue, e vida em mim
E dizê-lo cantando a toda a gente!

Florbela Espanca

4 comentários:

Lara Martins disse...

Sabia que estamos a fazer uma poesia, ou texto em Estudo Acompanhado é soubre a água

Lara Martins disse...

Sabia que estamos a fazer uma poesia, ou texto em Estudo Acompanhado é sobre a água

ines domingues disse...

pois é tamos a fazer um poema e eu adoro fazer poemas.

Anónimo disse...

Nós na biblioteca podiamos concluir poemas inacabados porque tinham lá linhas assim __________ e nós ponhamos o que achava-mos melhor para rimar.